ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

A Estratégia Saúde da Família (ESF), surgiu primeiramente como Programa Saúde da Família (PSF) em meados de 1993, sendo regulamentado em 1994 como estratégia do Ministério da Saúde (MS) para mudar a forma tradicional da assistência, visando estimular um novo modelo da Atenção Básica resolutivo que priorizasse a intersetorialidade, a territorialização, a descentralização, a equidade e a priorização de grupos populacionais com maior risco de adoecer.

A ESF, através de uma equipe multiprofissional, visa ao trabalho na lógica da Promoção da Saúde, almejando a integralidade da assistência ao usuário como sujeito integrado à família, ao domícilio e à comunidade. Outro aspecto importante, é a associação  dos profissionais e dos serviços com a comunidade para a criação de vínculos positivos para intervenções clínicas e sanitárias efetivas.

Para o funcionamento de uma ESF dentro de uma Unidade Básica de Saúde, esta deve estar cadastrada no sistema de cadastro Nacional e ser construída segundo normas sanitárias e de infraestrutura definidas pelo Departamento de Atenção Básica, devendo possuir: consultórios médicos e de enfermagem e, caso possuam profissionais de saúde bucal, consultório odontológico; salas de acolhimento, procedimento, vacina, inalação, coleta de material biológico, curativo, observação, administração e gerência, além de áreas de recepção, arquivos, dispensação e armazenagem de medicamentos .

As equipes multiprofissionais atuantes nessas unidades devem ser compostas conforme a modalidade das equipes,  por médicos (generalista ou especialista em saúde da família ou médico de família e comunidade), enfermeiros, cirurgiões-dentistas, auxiliar em saúde bucal ou técnico em saúde bucal, auxiliar de enfermagem ou técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde, entre outros profissionais em função da realidade epidemiológica, institucional e das necessidades de saúde da população;

Em relação á população atendida, recomenda-se cada unidade de saúde com ESF deve acolher no máximo, 12 mil habitantes, em que cada equipe deve ser responsável por, no máximo, 4 mil pessoas, sendo a média recomendada de 3 mil pessoas ou menos quanto maior o grau de vulnerabilidade.

São atribuições de todos os profissionais da ESF: 

- participar do processo de territorialização, identificando situações de risco e vulnerabilidade;

- realização de busca ativa e notificação doenças e agravos de notificação compulsória; 

- cadastrar famílias e indivíduos, garantindo a qualidade dos dados coletados e a fidedignidade do diagnóstico de saúde do grupo populacional da área adstrita de maneira interdisciplinar;

- realização de reuniões sistemáticas, organizadas de forma compartilhada, para planejamento e avaliação das ações.

Associadas a estas, outras ações devem ser desenvolvidas, a fim de promover atenção integral, contínua e organizada da população adstrita. Importante lembrar que a atenção ao usuário deve ser realizada não apenas no âmbito da Unidade de Saúde, mas em domicílio, em locais do território, quando as visitas se tornarem essenciais para o andamento do cuidado.

Atribuição de cada profissional

 REFERÊNCIAS: BESEN, C. B., et al. A Estratégia Saúde da Família como objeto de educação permanente. Saúde e Socieddade. v.16, n. 1, p-57-68, 2007. http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v16n1/06.pdf

A Estratégia Saúde da Família na Atenção Básica do SUS :http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_conteudos/unidade05/unidade05.pdf





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