O apoio institucional surgiu com a formulação de uma
Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS (PNH) com uma
proposta de método de trabalho que privilegia a cogestão, fazendo conexão com a
força dos coletivos nas práticas nos serviços que se organizam para produzir
saúde. O apoiador institucional, profissional da gestão, é aquele que ajuda na
gestão e na organização de processos de trabalho da equipe, na construção de
espaços coletivos nos quais os grupos analisam, definem tarefas e elaboram
projetos de intervenção.
De acordo com o Ministério da Saúde, o apoiador
institucional tem a função de:
1) Estimular
a criação de espaços coletivos, por meio de arranjos ou dispositivos que
propiciem a interação entre os sujeitos;
2) Reconhecer
as relações de poder, afeto e a circulação de conhecimentos propiciando a
viabilização do projetos pactuados pelos
atores institucionais e sociais;
3) Mediar
junto ao grupo a construção de objetos
comuns e a pactuação de compromissos e contratos;
4) Trazer
para o trabalho de coordenação, planejamento e supervisão os processos de
qualificação das ações institucionais;
5) Propiciar
que os grupos possam exercer a crítica, e em última instância, que os
profissionais de saúde sejam capazes de atuar com base em novas referências,
contribuindo para melhorar a qualidade da gestão do SUS.
COMO O
APOIADOR É VISTO NAS EQUIPES
A função de apoiador ainda é nova
na atenção básica, e acaba causando um estranhamento, de início, nas equipes. A
primeira vez que eu tive contato com o termo apoio institucional, foi durante
avaliação externa do Programa Nacional de
Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB), do qual fui avaliadora e muitas
das equipes entrevistas ainda desconheciam este termo. A visão função se
“popularizou” a partir do programa de avaliação.
Apesar do MS
definir a função do apoiador institucional, vejo que o papel desempenhado na
prática é muito singular de cada profissional e da sua experiência e as vezes
muito diferente do que é preconizado, dependendo do município, de gerência,
etc.
No caso do
quadrante que estou atualmente atuando, vejo a apoiadora como a função descrita
pelo MS e diversos autores. Entretanto, ela ainda tem as suas dificuldades e todo
momento tem que fortalecer o vínculo com suas equipes apoiadas e separar o que
é a função de apoio e a função de coordenação, que por muitas vezes eles acabam
confundindo. Acho que um grande desse esforço, é ela não ser vista como um
profissional da gestão que está nas unidades para fazer o papel de supervisão.
A principal função dela é a construção de
trabalho em conjunto, se equipe vai bem
é um reflexo também do desempenho do apoiador
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