quinta-feira, 20 de agosto de 2015

APOIO INSTITUCIONAL

O apoio institucional surgiu com a formulação de uma Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS (PNH) com uma proposta de método de trabalho que privilegia a cogestão, fazendo conexão com a força dos coletivos nas práticas nos serviços que se organizam para produzir saúde. O apoiador institucional, profissional da gestão, é aquele que ajuda na gestão e na organização de processos de trabalho da equipe, na construção de espaços coletivos nos quais os grupos analisam, definem tarefas e elaboram projetos de intervenção.
De acordo com o Ministério da Saúde, o apoiador institucional tem a função de:
1)      Estimular a criação de espaços coletivos, por meio de arranjos ou dispositivos que propiciem a interação entre os sujeitos;
2)      Reconhecer as relações de poder, afeto e a circulação de conhecimentos propiciando a viabilização  do projetos pactuados pelos atores  institucionais e sociais;
3)      Mediar junto ao grupo a construção de objetos  comuns e a pactuação de compromissos e contratos;
4)      Trazer para o trabalho de coordenação, planejamento e supervisão os processos de qualificação das ações institucionais;
5)      Propiciar que os grupos possam exercer a crítica, e em última instância, que os profissionais de saúde sejam capazes de atuar com base em novas referências, contribuindo para melhorar a qualidade da gestão do SUS.

COMO O APOIADOR É VISTO NAS EQUIPES
A função de apoiador ainda é nova na atenção básica, e acaba causando um estranhamento, de início, nas equipes. A primeira vez que eu tive contato com o termo apoio institucional, foi durante avaliação externa do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB), do qual fui avaliadora e muitas das equipes entrevistas ainda desconheciam este termo. A visão função se “popularizou” a partir do programa de avaliação.
Apesar do MS definir a função do apoiador institucional, vejo que o papel desempenhado na prática é muito singular de cada profissional e da sua experiência e as vezes muito diferente do que é preconizado, dependendo do município, de gerência, etc.
No caso do quadrante que estou atualmente atuando, vejo a apoiadora como a função descrita pelo MS e diversos autores. Entretanto, ela ainda tem as suas dificuldades e todo momento tem que fortalecer o vínculo com suas equipes apoiadas e separar o que é a função de apoio e a função de coordenação, que por muitas vezes eles acabam confundindo. Acho que um grande desse esforço, é ela não ser vista como um profissional da gestão que está nas unidades para fazer o papel de supervisão.
A principal função dela é a construção de trabalho em conjunto, se  equipe vai bem é um reflexo também do desempenho do apoiador

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