quinta-feira, 20 de agosto de 2015

ESTUDO COMPARATIVO PROQUALI-AB

Durante as atividades de campo na Gestão da saúde de Canoas, propusemos, realizar um estudo comparativo das duas últimas avaliações do PROQUALI-AB no quadrante Sudoeste (que o quadrante que estou atuando junto a uma sanitarista).
O quadrante Sudoeste possui 7 unidades, todas com estratégia saúde da família: Boa Saúde, Central Park, Fátima I, Fátima II, Mato Grande, Pedro Luiz da Silveira e Rio Branco. Para avaliação no PROQUALI, considerou-se 6 unidades. Isso porque as unidades Fátima I e Fátima II, foram consideradas como uma única unidade.
 O objetivo inicial desse estudo era fazer uma devolutiva dos resultados às equipes, e também fazer um comparativo das avaliações 3º quadrimestre de 2014 e 1º quadrimestre de 2015 para enxergarmos o que havia mudado entre uma avaliação e outra. Durante o percurso, nos aproximamos do instrumento e percebemos que nele havia muitas falhas - que ainda não tinham sido vistas - e que era importante fazer esses apontamentos para a direção, para podermos debater algumas questões que são apontadas pelo programa e para que assim pudéssemos aprimorar o instrumento e trabalhar com as equipes.

No primeiro momento fizemos uma apresentação geral na reunião das políticas de saúde na Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Estavam presentes, a diretora do Departamento de Políticas e Ações e Saúde (DPAS), as apoiadoras institucionais, os coordenadores de todas as políticas de saúde de Canoas e os residentes da saúde coletiva da UFRGS e Saúde da Família e Comunidade da ULBRA.

Após essa primeira apresentação geral, fomos às 7 unidades para apresentar os resultados respectivos de cada uma, mostrando os mesmos questionamentos e apontamentos que fizemos na primeira apresentação para gestão. Além disso, trabalhamos mais a fundo com as equipes aqueles indicadores que não foram alcançados nas duas avaliações.


No geral vimos uma melhora significativa nas unidades, no que diz respeito ao percentual de metas alcançadas. Mas quando analisamos o número de indicadores que realmente foram avaliados, percebemos que vários fatores influenciaram essa “melhora significativa”.
Na média geral de unidades do quadrante no 3º quadrimestre de 2014 foram atingidos 38% do total de metas e no 1º quadrimestre de 2015 este valor subiu para 58%. No 3º quadrimestre de 2014 todas as unidades receberam o adicional de 5% sobre o salário, que equivaleria a qualidade da atenção básica mediana ou abaixo da média. Nessa última avaliação do total de 6 unidades 5 atingiram o conceito de qualidade da atenção básica acima da média (15%) e uma permaneceu os 5%.
Analisando todos os indicadores vimos que existem diferenças entre as duas avaliações.
Exemplo:

Alguns aspectos que consideramos relevantes para essa diferença dos resultados alcançados:
- Diferença no valor das metas – entre uma avaliação e outra, alguns indicadores foram revistos e o valor numérico diminuiu pela metade, aumentando a probabilidade de atingimento das metas;
- Número total de indicadores avaliados – alguns indicadores não puderam ser calculados por dificuldade de extração dos dados no sistema de informação. Essa impossibilidade de medir esses indicadores os tornaram indicadores não aplicáveis nas avaliações;
- Número de metas sem preenchimento de dados, consideradas como metas dadas. Assim como o caso anterior, algumas metas que não puderam ser calculadas foram consideradas metas das pela SMS (alcançadas) para não haver prejuízo na avaliação das unidades, o que torna os resultados irreais.
- Período de avaliação dos quadrimestres - final de ano e início de ano, período em que os fluxos das unidades são bem diferentes;

SOBRE AS NOSSAS PERPECTIVAS...
Durante as apresentações, surgiram vários debates que foram muito além de mostrar só números para as equipes e elencamos alguns pontos que consideramos importantes tanto pra aprimoramento do programa quando à conscientização dos profissionais aos objetivos do mesmo:
- Aproximar as equipes das unidades de saúde ao instrumento avaliativo a fim de maior compreensão das questões que são pontuadas pelo programa;
- Capacitação sensibilização dos profissionais para o correto preenchimento de formulários, planilhas e digitação nos sistemas de informação. Assim sendo possível dialogar com as equipes a fim de obter alcance de metas mais elevado na próxima avaliação, dando significado à execução deste trabalho;
- Reavaliar alguns pontos metodológicos do programa que refletem na qualidade e interpretação do resultado final da avaliação;
- Dialogar junto à equipe as principais dificuldades para o alcance das metas, de forma a possibilitar a criação de um plano de ação, pois acreditamos que isso torna o processo mais democrático e transversal.





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